Medicina 4.0: FISL18 aborda avanços tecnológicos na saúde

Foto: Alexandre A. Kupac

Os avanços que a tecnologia tem propiciado à área da saúde foram pauta de uma palestra nesta sexta-feira, 13, durante o terceiro dia do Fórum Internacional Software Livre, em Porto Alegre. A palestra Medicina 4.0 – A Revolução tecnológica na saúde abordou, através de uma linha cronológica que inclui a Primeira, Segunda, Terceira e Quarta Revolução Industrial, dezenas de projetos que estão alterando, em todo o mundo, a forma como os atendimentos de saúde são feitos. A apresentação foi feita pelo médico e pesquisador gaúcho Luciano Eifler, professor do curso de Medicina da Ulbra.

Um dos exemplos é a impressão 3D de próteses, uma realidade sentida na área, segundo Eifler. Diversos softwares com algoritmos inteligentes e que podem agilizar determinados atendimentos também já fazem parte do cotidiano da medicina. Além de acelerar, em determinados casos, os algoritmos podem dar diagnósticos iniciais a partir de sintomas do paciente, como o MDLIVE.

A cirurgia robótica foi outro avanço da medicina apresentado por Eifler durante a palestra no FISL. Segundo ele, atualmente já é possível que um cirurgião direcione um procedimento mesmo estando em um continente diferente do paciente operado. Também óculos inteligentes que podem transmitir procedimentos médicos, como as próprias cirurgias e atendimentos de urgência e emergência, como acidentes de trânsito.

“Isso serve, basicamente, para que equipes de base possam ter ciência do atendimento que está sendo feito e, assim, providenciar outros recursos, se for preciso. Também é muito útil para o ensino, pois alunos podem acompanhar, por vídeo, o procedimento”, destacou o médico.

Eifler ainda fez referência à importância das Cidades Inteligentes para a área da saúde. O compartilhamento das câmeras de monitoramento da Prefeitura de Porto Alegre com o SAMU, por exemplo, colabora para a tomada rápida de decisões para o atendimento das ocorrências nas ruas e avenidas da cidade. O ultrassom portátil, já utilizado por algumas equipes, também pode ser usado nesses casos e permite que um quadro mais preciso da saúde do paciente possa ser obtido antes mesmo da entrada no hospital.

Os diversos aplicativos e robôs que auxiliam nos atendimentos também foram citados por Luciano Eifler como símbolos da presença da tecnologia na saúde. Atualmente, há equipamentos capazes até mesmo de detectar que um idoso sofreu uma queda em casa, a partir do movimento do seu corpo, e comunicar os órgãos de socorro.

“Nós estamos vivendo a era dos robôs. O futuro é promissor. A Medicina 4.0 vai trazer bons frutos para a sociedade”, finalizou Eifler.