Machismo na área de tecnologia pauta Roda de Conversa no FISL18

Foto: Vagner Benites

Na tarde desta quinta-feira, 12, ocorreu um bate-papo sobre o machismo na área de tecnologia e o processo de inserção das mulheres no segmento da Tecnologia da Informação. Participaram desta conversa cyberativistas do movimento feminista negro, integrante de grupos de programação voltado para as mulheres, estudantes e entusiastas.

Nesta conversa foi debatido também o ataque ao site da FISL18 e a influência sociológica das mulheres nos eventos. Na tarde de quarta-feira, a página do evento foi hackeada. Os autores veicularam na página ataques ao movimento feminista e à posição da Associação Software Livre. ORG (ASL), promotora do evento, de apoio à pauta dos direitos das mulheres.

A maior visibilidade dos movimentos pelos direitos de negros, mulheres e da população LGBT a partir dos anos 1960 e a fase que se seguiu, com a ampliação dos direitos das minorias, gerou desconforto em quem até então detinha a hegemonia social.

Esse incômodo ainda hoje é manifestado em todos os segmentos, inclusive na área da tecnologia. Por isso, a adoção de políticas anti-assédio, incentivos para a participação de mulheres, negros e LGBT’s nas empresas e eventos devem continuar sendo apoiadas, avaliaram os participantes.

As transformações provocadas pela internet nos últimos 20 anos ainda não foram assimiladas pela polícia e pelo Judiciário. A atualização destes setores é essencial para permitir mais avanços. O auxílio dos profissionais da Tecnologia da Informação pode permitir nesta evolução.

Machismo

Ataques misóginos não são uma novidade, porém quando este assunto é abordado no campo da internet, muitas vezes ainda fica impune.

O FISL sempre incentivou e auxiliou a inserção das mulheres na tecnologia portanto os discursos de ódio emitidos no site quando o mesmo foi hackeado não condizem
com o pensamentos dos participantes do FISL.

Texto: Cecília Rosa